Rebeka Paiva
Devido às constantes chuvas que atingem a Capital paraibana a Vigilância Ambiental, da Secretaria de Saúde de João Pessoa, reforça o alerta para a proliferação do mosquito causador de doenças como dengue, zika, chikungunya e a febre amarela. O Aedes aegypti tem em média 0,5 cm de comprimento e prefere o ambiente úmido para colocar seus ovos, que podem sobreviver até 450 dias nesse local. Bastam alguns milímetros de água para eles eclodirem e, em uma semana, transformarem-se em mosquitos adultos.
Para o controle do mosquito é necessário adotar medidas preventivas no dia a dia a fim de evitar o acumulo de água, como vedar bem as caixas d’água e outros depósitos como ralos e vasos sanitários em desuso; verificar as calhas se não estão fora de nível e sujas acumulando água, dar o destino correto a pneus que não são mais utilizados e também não jogar lixo em terrenos baldios, além de estar atento e verificar tudo o que possa acumular água, como sacos plástico, descartáveis e tantos outros pontos que podem juntar água e virar foco do mosquito.
As orientações são dadas pela gerente de vigilância ambiental e zoonoses, Pollyana Dantas, que também destaca que dentro dos apartamentos existem lugares que podem acumular água e se tornar criadouros. “São potes de água para animais, floreiras em varandas, reservatório de água para pássaros, dependência de empregada pouco utilizada (pia e vasos sanitários), área de serviço (atrás da máquina de lavar roupa), aparador de água de filtros de parede, hortas e vasos nas janelas e sacadas”.
“Já nas áreas comuns dos condomínios residenciais podem ser focos: piscinas e hidromassagem sem cobertura, churrasqueiras, play, floreiras, lava pés de piscinas, bromélias em jardins, instalações de salão de festas, banheiros e copa”, conclui Pollyana Dantas.
Dados – De janeiro até a primeira semana de agosto deste ano foram registrados na Capital 1279 casos de arboviroses causadas pelo mosquito Aedes aegypti, desses 215 foram casos de Dengue, 110 de Zika e 954 casos de Chikungunya.
De acordo com o último Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), João Pessoa apresenta médio risco para a reprodução do Aedes em 13 bairros. São eles: Cruz das Armas, Oitizeiro, Alto do Mateus, Jardim Veneza, Bairro das Indústrias, Mumbaba, Distrito Industrial, Costa e Silva, Ernani Sátiro, Cuiá, Geisel, Gramame, Valentina, Planalto da Boa Esperança, Roger, Bairro dos Estados, Bairro dos Ipês, Treze de Maio, Padre Zé, Alto do Céu, Jardim Oceania, Manaíra, Tambaú, Cabo Branco, Portal do Sol, Penha, Seixas, Barra de Gramame, Costa do Sol, Bancários, Jardim Cidade Universitária, Jardim São Paulo e Anatólia
Participação Popular – Quem souber de localidades com possíveis focos do Aedes aegypti, pode denunciar por meio do Disk Dengue, através do número 3214-5718.
Assistência – Quem apresentar os sintomas de uma das doenças causadas pelo Aedes deve procurar sua Unidade de Saúde da Família de referência e, em casos mais graves é preciso buscar assistência em uma porta de urgência, como as Unidades de Pronto Atendimento (UPA) ou hospitais que atuam como porta aberta para demais urgências.