Pesquisa mostra que 76,5% dos pacientes preferem tratamentos longe dos hospitais e 22,6% não iriam ao pronto-socorro nem para emergência

Se muitas pessoas já não gostavam de ir ao hospital para fazer algum procedimento de saúde, com a pandemia da covid-19 esse cenário ficou ainda mais acentuado. Uma pesquisa realizada por empresas de consultoria no setor revelou que o ambiente hospitalar tem tendência a causar medo e ansiedade nas pessoas, o que tem levado muitos usuários a buscarem tratamento fora desses locais.

O levantamento apontou que 76,5% preferiam ir a um ambiente não hospitalar, como a um consultório ou clínica especializada. Apenas 23,5% disseram que não se importam de ir a um hospital. A maioria dos entrevistados, 53,8%, disse ainda que se eles tivessem que se submeter a uma cirurgia, eles prefeririam que fosse em um hospital, mas 46,2% disse que tendo opção, solicitariam que o procedimento ocorresse em um centro cirúrgico fora de um hospital.

A pesquisa foi realizada no ano passado pela empresa americana que administra imóveis do setor de saúde, incluindo hospitais, a Physicians Realty Trust e pela consultora empresarial americana Carmichael & Company e ouviu 2.018 pessoas.

Outro dado revelador do estudo foi a quantidade de pessoas que afirmaram que não iriam ao pronto-socorro para ser atendido na emergência: 22,6% dos entrevistados. “A ansiedade em torno dos hospitais, acentuada com a pandemia da covid-19, mostrou que quase um quarto dos entrevistados estão mais dispostos a arriscar suas vidas do que ir para o hospital ”, diz o relatório.

O presidente e CEO da Physicians Realty Trust, John T. Thomas, afirmou que o grupo encomendou a pesquisa para avançar na compreensão do impacto da covid-19 no setor de saúde. “As descobertas confirmam nossas observações de longo prazo nas atitudes dos usuários que apontam que, cada vez mais, eles estão preferindo ir a estabelecimentos e edifícios de consultórios médicos longe de hospitais”, acrescentou.

Maior preocupação com limpeza e higiene – A pesquisa mostrou que as pessoas estão também mais preocupadas com a limpeza e a dos espaços. “Desinfetante para as mãos agora é o super-herói do dia. E também as visíveis evidências de atenção rigorosa para higiene, incluindo ver os ambientes sendo limpos, uso de máscaras, de luvas, sinais de distanciamento social e etc., ajudam muito para que os consumidores dos serviços de saúde sintam-se mais confortáveis e menos ansiosos em uma ida a qualquer estabelecimento de saúde”, ressalta o estudo.

O relatório da pesquisa aponta que essas medidas devem ser adotadas pelas unidades de saúde para tranquilizar os pacientes e aumentar a credibilidade do local. “As pessoas desejam transparência e ter o conhecimento que o setor de saúde atende às suas necessidades, incluindo adequação das normas sanitárias e os cuidados com a higiene e a limpeza”, aponta.

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