Agevisa reforça regulação tecnológica para ampliar defesa da mulher na prevenção ao câncer de mama

Em evento que reuniu funcionários, colaboradores e integrantes do corpo diretivo, a Agência Estadual de Vigilância Sanitária deu início às atividades destinadas a ampliar o engajamento da instituição na Campanha “Outubro Rosa” de prevenção e combate ao câncer de mama e de defesa da saúde da mulher. Os trabalhos foram comandados pelo diretor Geraldo Moreira de Menezes e pela diretora-técnica de Ciência e Tecnologia Médica, Vívian Lopes Miele, e contaram com a participação da enfermeira Morgana Queiroga, do setor de Mamografia do Centro Especializado de Diagnóstico do Câncer (CEDC), órgão integrante da estrutura da Secretaria de Estado da Saúde (SES/PB).

Destacando a prevenção como melhor forma de evitar doenças e promover saúde, Geraldo Moreira reafirmou o compromisso da Agevisa/PB com as ações desenvolvidas pelo Governo do Estado, sob a coordenação da SES/PB, para proteger e fortalecer a saúde da mulher no território paraibano. Ele ressaltou a importância do papel do CEDC na promoção da saúde, não somente da mulher, mas também dos homens, considerando que, desde o ano de 2022, além de desenvolver ações preventivas ao câncer de mama, o órgão vem oferecendo serviços de proteção à saúde masculina.

Falando em nome da equipe responsável pela regulação na área de Ciência e Tecnologia Médica e Correlatos, a diretora-técnica Vívian Lopes referiu-se à fiscalização sistemática promovida pela Agevisa/PB junto aos serviços de radiodiagnóstico por imagem, incluídos aqueles especializados em serviços de mamografia, como atividade regulatória de extrema importância para a garantia da fidelidade dos exames realizados.

A fiscalização dos equipamentos tecnológicos utilizados no tratamento da saúde, segundo ela, tem por objetivo central a garantia de que os mesmos estejam sempre funcionando perfeitamente, considerando que um aparelho desregulado pode levar a resultados falso-positivos ou falso-negativos capazes de ocasionar danos irreparáveis à saúde de quem é exposto à sua utilização.

*Atenção permanente –* Na abertura da Campanha Outubro Rosa na Agevisa/PB, a enfermeira Morgana Queiroga, do Centro Especializado de Diagnóstico do Câncer, destacou o alto índice de ocorrência de câncer de mama na Paraíba; lembrou que a doença atinge inclusive pessoas do sexo masculino, ofereceu informações técnicas sobre os exames para detecção do câncer de mama e sobre os procedimentos adotados, conforme cada caso, e informou que a mamografia não precisa de regulação, por ser um serviço de porta aberta, e que qualquer mulher pode buscar atendimento diretamente no CEDC, em qualquer época do ano.

Morgana Queiroga acrescentou que toda mulher, a partir dos 40 anos de idade, tem por obrigação fazer regularmente a mamografia, aliada à ultrassonografia, para prevenir o câncer de mama. Ela observou que, na hipótese de aparecimento de alguns dos sintomas da doença, deve-se buscar imediatamente atendimento especializado, sendo o mastologista o profissional indicado para fazer os procedimentos devidos.

Sobre o câncer de mama – De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de mama é causado pela multiplicação desordenada de células da mama que leva ao aparecimento de células anormais que formam um tumor. Caracterizada por se apresentar de diferentes formas, a doença evolui de várias maneiras, algumas rapidamente e outras mais lentas, e pode atingir também os homens, porém em menor escala. O tratamento é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Os motivos que levam ao aparecimento do câncer de mama são vários, e um dos elementos de risco mais elevado está relacionado à idade, com cerca de 80% dos casos atingindo pessoas com idade a partir dos 50 anos, segundo dados do Inca. Dentre os fatores responsáveis pelo aparecimento do câncer de mama destacam-se as causas ambientais e comportamentais como a obesidade e o sobrepeso após a menopausa, o consumo de bebidas alcoólicas, o sedentarismo, a inatividade física e a exposição frequente a radiações ionizantes (Raios-X).

Outros fatores igualmente importantes estão ligados à história reprodutiva e hormonal das pessoas e referem-se a episódios como primeira menstruação antes dos doze anos; primeira gestação após os trinta anos; menopausa após os 55 anos, uso de contraceptivos hormonais e reposição hormonal pós-menopausa, principalmente por mais de cinco anos. Há ainda os fatores genéticos e hereditários relacionados especialmente com os seguintes episódios: história familiar de câncer de ovário; casos de câncer de mama na família, principalmente antes dos 50 anos de idade, história familiar de câncer de mama em homens e alteração genética.

Sinais e sintomas – Na maioria dos casos, o câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais por meio de sinais e sintomas como nódulo (caroço) fixo e geralmente indolor (presente em cerca de 90 por cento dos casos em que o câncer é percebido pela própria mulher); pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo); pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço, assim como saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos. Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados por um médico, a quem caberá avaliar o risco de submeter a mulher ao tratamento de câncer.

Formas de prevenção – A presença de um ou mais fatores de risco para o câncer de mama não significa que a mulher necessariamente terá a doença. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de trinta por cento dos casos de câncer de mama podem ser evitados por meio da adoção de hábitos como praticar atividades físicas, alimentar-se de maneira saudável, manter o peso corporal adequado, evitar o consumo de bebidas alcoólicas, evitar o uso de hormônios sintéticos (como anticoncepcionais e terapias de reposição hormonal) e amamentar.

A amamentação (pelo maior espaço de tempo possível) é apontada pelo Inca como um fator de proteção contra o câncer de mama, apesar de o ato de não amamentar não ser um fator de risco para a doença.

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