As Unidades de Terapia Intensiva (UTI) destinam-se ao acolhimento de pacientes, sejam crianças ou adultos, em estado de saúde considerado grave e que necessitem de monitoramento constante. Para o cuidado e recuperação desse paciente, além do aparato tecnológico de suporte à vida, são necessários profissionais especializados em medicina intensiva, conforme o perfil da pessoa internada.
É justamente a faixa etária do paciente internado que diferencia a assistência na UTI adulto e na pediátrica. Os leitos para adultos são destinados as pessoas a partir dos 18 anos ou, entre 16 e 18 anos, que pesem mais de 45 quilos. Já os leitos de pediatria recebem pacientes de 30 dias a 16 anos, ou aqueles entre 16 e 18 anos que tenham menos de 45 quilos.
O peso do paciente foi o critério utilizado pela equipe do Hospital Pediátrico Unimed João Pessoa (HPU). De acordo com a coordenadora da UTI Pediátrica do hospital e intensivista pediátrica, Janine Alencar, cada instituição é independente para definir esse parâmetro. Ela lembrou ainda que a presença de uma unidade de cuidados intensivos em um hospital pediátrico, como é o caso da unidade da Unimed JP, é essencial para garantir uma assistência mais rápida e de qualidade para o paciente.
SEGURANÇA DO PACIENTE
A segurança do paciente também é essencial para quem está nos leitos de cuidados intensivos. No HPU, além de manter um ambiente acolhedor e com todos os equipamentos e profissionais qualificados para cuidados em UTI, entre as práticas de segurança do paciente está o monitoramento de diversos indicadores, o que resulta, inclusive, na taxa de infecção zero na utilização de cateter venoso central de inserção percutânea.
A intensivista pediátrica Janine Alencar explicou que um dos diferenciais no uso desse dispositivo no HPU é a utilização de um aparelho de projeção de imagem vascular direta que permite a visualização da rede venosa periférica com até um centímetro de profundidade. A médica informou que toda a equipe de enfermagem é treinada para o procedimento, que se torna mais seguro com a utilização do aparelho.
Ao todo, seis indicadores são gerenciados no HPU: taxas de mortalidade, ocupação, média permanência, utilização de cateter venoso central, incidência de infecção da corrente sanguínea associada ao cateter venoso central e percentual de efetividade ao escore de gravidade. A médica destaca que o monitoramento é feito mensalmente e os resultados são apresentados e discutidos com a equipe para identificar formas de melhorar, ainda mais, a assistência. “Dessa forma, prestaremos uma assistência de melhor qualidade, visando à segurança do paciente e minimizando os riscos oriundos das próprias intervenções, com enfoque na prevenção de ocorrências indesejáveis”, destacou Janine Alencar.
HUMANIZAÇÃO
Um ambiente de UTI deve ser o mais acolhedor possível para o paciente e as ações de humanização são importantes para o bem-estar e melhor recuperação de quem está sendo cuidado. No HPU são adotadas diversas práticas que envolvem os pacientes, os familiares e a equipe do hospital.
Entre as atividades de assistência humanizada na UTI do Hospital Pediátrico Unimed, estão a comemoração de aniversário da criança, decoração do quarto com desenhos feitos pelo paciente, jogos lúdicos, musicoterapia, entre outras. Uma ação importante e pioneira, realizada no hospital desde a implantação da UTI, é a presença 24 horas por dia dos pais ou de um acompanhante durante o período de internação da criança. “Ao permitir essas ações para o ambiente de internação intensiva, o clima fica mais leve, favorecendo o cuidado integral e interação entre equipe, paciente e seus familiares”, explicou a coordenadora Janine Alencar.