Oscar 2021: uma festa esquisita

Hoje amanheci com uma vontade tão da gota serena de fuxicar, e, vai ser agora! Pelas cinco chagas, será que só eu achei aquela festa do Oscar, a mais esquisita do planeta?

O lugar onde a festa aconteceu, mais parecia um bar com umas cinco mesas e uns 10 gatos pingados e diferentes. Num reconheci quase ninguém. Com exceção da gloriosa atriz, Glen Close. Se ela soubesse o que ia acontecer, nem tinha ido.

Acharam pouco que o negócio tava de vaca desconhecer bezerro, botaram uma das atrizes mais talentosas do planeta pra fazer uma dancinha ridícula, requebrando os quartos. E o pior vem agora. Os comentaristas da Globo, mais arrumados que o povo do Oscar, fuxico só presta grande, disseram que aquela cena tinha sido a que mais chamou atenção no Oscar. Sem comentários.

Sem contar que a festa foi mais ligeira que coceira de coelho. Me arrumei toda, não com vestido de gala, mas, com cadeira de balanço e rede, pra ficar revezando e não dar sono. Bom basta! Quando cheguei, já tava quase na última premiação, que foi a de ator. Vibrei que só a mulesta com o resultado, porque sou muito fã do vencedor, Anthony Hopkins. Pensei: oh beleza! Vou sentar, ao meno, pra vê-lo recebendo o Oscar. Apoi, ele num foi! Marmeujesui! Atirei pedra na cruz? Só pode!

Mulher, Romye, pare de reclamar! Será o Benidito que você não gostou de nada? Oxe! Gostei sim. Apoi, diga o que?

Vou dizer. Embora, eu tivesse torcendo por The Father, filme com Anthony Hopkins no papel de um idoso com Alzheimer, quem saiu arrastando, quase tudo, foi o filme Nômade: melhor filme, melhor direção e melhor atriz para Frances McDormand, de quem sou muito fã também. Inclusive, na hora de receber a estatueta, ela fez questão de levar ao palco duas mulheres nômades que participaram do filme que tem uma característica, no mínimo curiosa, de usar apenas dois atores. As outras pessoas são nômades, ou seja, não têm um lugar fixo de moradia. Quem nunca, heim?

Pronto! Já disse o que gostei. Agora, vou voltar ao meu normal. Eu sei, eu sei que todas essas mudanças na festa do Oscar, foram por conta da pandemia. Só não entendi muito direito porque só quem usou máscara foi o povo dos bastidores. Aqui, acolá, aparecia um, não só de máscara, como, também de luva. Já os premiados, abraçavam o povo, pegavam na mão e, num sei não, viu! Eu só sei de uma coisa: oh Oscar esquisito!

Eu vivo do jornalismo, desde quando me formei, no início dos anos 90. Até que em 2014 passei a desempenhar mais uma função: a de humorista. Há quem diga que sou uma jornalista engraçada e eu digo que o humor sempre esteve presente na minha vida. Desde criança. Afinal, sou filha de pais bem munganguentos. Aprendi com eles a rir de nós mesmos. Isso ajuda nos momentos mais sérios da vida. Há 10 anos, resolvi “empacotar” esse humor orgânico e botar “à venda” em forma de standup, textos, crônicas, podcasts e criação de conteúdo para o insta: @romyeschneider.

3 COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui