Sempre tive mania de anotar frases. De livros, trechos de músicas, citações em filmes, séries, novelas, dentro de ônibus, passeando na praia, fazendo feira, enfim, de onde me chegue algo que chame atenção e traduza o que sinto. Será que isso me chancela (sempre quis usar essa palavra), a ser uma colecionadora de frases? Pois, se até hoje guardo um caderno, de quando eu era adolescente, cheio delas? ”As ações dos homens são os melhores intérpretes dos seus pensamentos” é uma delas.
Mas, esse arrudei todim é pra chegar numa frase que vi num filme. Fiquei tão impactada que, lembro da frase, mas, não lembro do filme. Ela é assim: “Todos queremos fazer algo grandioso, mas, depende de nós, enxergar o que é grandioso”. Pode ler de novo. Eu deixo. Quando escutei, parei o filme, escutei de novo e corri pra anotar num dos meus cadernos.
Se houvesse uma regra nesse ofício de colecionadora de frases, diria que o primeiro momento é anotar e o segundo, dar pitaco na escrita alheia. No caso dessa frase, o meu pitaco é que ela fala de individualidade. O que é grandioso pra mim pode não ser pro outro e, também, o que é grandioso hoje pode não ser amanhã. E tá tudo bem. Só temos que respeitar o outro.
Dito isso, quero falar de algo que vem sendo muito grandioso pra mim: fazer rir. Nunca pensei que o meu natural, que me acompanha desde o meu nascimento, um dia, fosse subir aos palcos, escruvitiar na internet e até ser contratada como tal. Sinto que tô fazendo bem feito e no caminho certo. No caminho que tá sendo grandioso pra mim. É o meu pitaco.
Neste final de ano, mais precisamente, no dia 07.12.23, fui convidada, como atração cultural, da confraternização da firma (também gosto desse nome), no caso, Gevs/Saúde.
E, já que me autointitulei como colecionadora de frases, vou recorrer a uma delas pra demonstrar o tamanho da minha gratidão pelo convite e oportunidade. “Fazer de cada momento uma vida e da vida um único momento, isto é felicidade” (frase do meu caderno da adolescência).
É felicidade que chama encontrar a frase que mais nos define? A minha, até este momento, é de uma música de Djavan. “Nem que eu bebesse o mar encheria o que eu tenho de fundo” (Seduzir, Djavan).
E pra concluir, mais uma frase do caderno da adolescência. “Nós mudamos de paixão, só não vivemos sem ela”. Era isso que eu tava querendo dizer o tempo todo. Abençoadas frases.
P.S. Muito obrigada a Talitha Lira e a Talita Tavares pelo convite para minha estreia em confraternização, como uma atração cultural.