TJPB inaugura revitalização do Palácio da Justiça e devolve à população um dos mais belos patrimônios da Paraíba

O Presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba, Desembargador Saulo Henriques de Sá e Benevides inaugura, nesta segunda-feira (30), as obras de revitalização do Palácio da Justiça, com destaque para o Salão Nobre, a Sala do Antigo Tribunal Pleno e a Cripta do presidente Epitácio Pessoa, relevantes bens imóveis, integrantes do acervo patrimonial da Justiça paraibana. A solenidade acontecerá a partir das 16h. No período de quase um ano, cerca de 80 pessoas trabalharam na restauração e preservação do prédio, conforme informou a Gerência de Arquitetura e Engenharia do TJPB.

A entrega da obra encerra o cronograma de inaugurações de reformas e restaurações em unidades judiciárias realizadas ao longo da administração do gestor do Poder Judiciário estadual no biênio 2021/2022. O trabalho de reforma e conservação da sede do Palácio da Justiça foi uma das significativas ações da gestão do Desembargador Saulo Benevides.

Dentro das diretrizes do setor de Arquitetura e Engenharia, que nortearam a execução das obras, vãos, portas e janelas foram restauradas e preservadas, considerando a composição tipológica original do imóvel, recebendo proteção adequada contra fungos e pragas. Todas as grades existentes nas esquadrias do pavimento semi-enterrado receberam tratamento anticorrosão e acabamento em esmalte sintético. Além disso, foi realizado um delicado trabalho de reparo das características estilísticas e ornamentais da fachada, mantendo a imagem tradicional do Palácio da Justiça.

A gerente de Arquitetura e Engenharia, Marieta Tavares destacou o trabalho de  renovação da pintura das paredes internas e externas, que foram recuperadas através de reparos no reboco, utilizando massa corrida, pinturas em PVA lavável, bem como, em látex, para as circulações, o Salão Nobre e parte interna dos ambientes, preservando e realçando os elementos arquitetônicos existentes.

Com relação à distribuição interna das paredes, os serviços foram realizados de forma a não alterar a estabilidade da estrutura ou a proporção dos espaços interiores originais. Os pisos do imóvel foram recuperados e revitalizados réguas de madeira, taco, mármore e granilite existentes.

Para a execução da nova instalação elétrica nos ambientes, todos os forros foram removidos, na reconstituição foram mantidas tipologias e materiais originais, com a colocação em réguas de madeira de forma a manter a uniformidade visual com o restante do conjunto arquitetônico original. Houve, ainda, a recuperação de painéis em madeiras existentes.

O projeto de layout manteve o uso dos ambientes da mesma forma que estava sendo ocupado antes da interdição do imóvel, em sua maior parte utilizado para abrigar os gabinetes dos desembargadores, museu e cripta, segundo pontuou Marieta Tavares.

Conforme detalhou a gerente, os trabalhos de execução das obras, envolveram mai de 80 profissionais, entre eles as servidoras da Gerência de Arquitetura e Engenharia, especialmente quatro arquitetas, Lilian Michele, Fernanda Cantalice, Cecília Freire e Simone Dantas. Houve, ainda, a participação do arquiteto da Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento do Estado (Suplan), Eurípedes Oliveira e o auxílio dos engenheiros Vitório Trocolli, Lúcia Miriam, Ana Paula Batista e Emilaine Souza. Tudo sempre com o ohar  e o apoio do diretor administrativo Falbo Abrantes e do gerente operacional Bruno Lins.

“As arquitetas tiveram um envolvimento maior nesta etapa, pois há mais de dois anos que vínhamos fazendo todos os detalhamentos do prédio, realizando pesquisas por meio de documentos que tínhamos no setor, fotografias e registros. Eurípedes Oliveira nos auxiliou na questão dos pisos e forros. Todos os levantamentos físicos foram feitos pela equipe do Tribunal de Justiça”, frisou Marieta Tavares.

Ela salientou, de igual modo, que, além do trabalho braçal, no qual o levantamento foi feito com medição de cada ambiente, utilizando réguas de madeiras, fotografando e desenhando. Foi a partir deste registro que as obras de restauração do Palácio da Justiça tiveram início. “De nada adiantaria se não tivéssemos trabalhado anteriormente, executando esse registro”, evidenciou.

Marieta Tavares observou, também, que o Palácio da Justiça sofreu diversas intervenções, ao longo dos anos, adaptações através do uso e a descoberta do que viria, antes de tudo. Segundo pontuou, a equipe saiu de sua zona de conforto, de fazer o que estava visível. Tiveram que subtrair as camadas de pintura, de piso para entenderem o que havia antes do prédio funcionar como a sede do Palácio da Justiça, “abrir o olhar sobre o que existia antes, o respeito ao patrimônio foi o nosso maior desafio”.

Parcerias – Desde a primeira etapa da obra, há cerca de cinco anos, que a Suplan vem atuando em parceria com o Tribunal de Justiça da Paraíba na execução dos serviços, disponibilizando mão de obra. Não mediram esforços, sempre abertos ao diálogo e estão sendo importantes durante todo este processo, frisou Marieta Tavares, realçando, também, a relevante participação da empresa Virtual Engenharia Ltda, a qual, conforme enfatizou, cedeu profissionais capacitados.

Acessibilidade – Os serviços de reforma incluíram, também, melhoria na funcionalidade dos banheiros, com a adaptação nas estruturas, tornando-os acessíveis a Pessoas com Deficiência (PCD), bem como, foram renovados os materiais de revestimento e acabamento dos banheiros e copas, de forma a deixá-los contemporâneos, além de torná-los funcionais, com melhor manutenção.

Por Lila Santos

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