Qualidade dos Cursos de Medicina Veterinária da Paraíba é tema de debate

A Comissão de Educação do Conselho Regional de Medicina Veterinária da Paraíba (CRMV-PB) promoveu, na sexta-feira (3), o I Encontro de Coordenadores de Cursos de Medicina Veterinária do Estado da Paraíba. Além de abordar as dificuldades enfrentadas, foi debatido a Curricularização da Extensão e apresentado o Diagnóstico Situacional da Qualidade dos Cursos de Medicina Veterinária. O estado conta com 12 cursos na área e por ano 2.010 novas vagas são abertas por eles.

A atividade contou com a presença de coordenadores de cursos de veterinária da Paraíba, sendo eles: Paula Fernanda (Uniesp), João Paulo (Unipê), José Matias (Rebouças de Campina Grande), Tereza Rotondano (FIP Campina Grande), Atticcus Tanikawa (Facene/Famene), Silvano dos Santos Higino (UFCG) e Lisanka Ângelo Maia (IFPB Campus Sousa).

José Matias falou da dificuldade para implantar as novas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Medicina Veterinária. Já Atticcus Tanikawa afirmou que um grande problema enfrentado é a relação desrespeitosa dos alunos, além das constantes crises de ansiedade e depressão apresentadas pelos estudantes.  Silvano destacou que os alunos não têm noção de hierarquia e desrespeitam os professores, há uma dificuldade de aprendizado, além do aperto orçamentário: pouco recurso para fazer muita coisa.

O presidente da Comissão de Educação, o vice-presidente do Conselho Regional Adriano Fernandes, falou do trabalho que vem sendo realizado para auxiliar na formação dos futuros profissionais. Destacou as mudanças nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Medicina Veterinária e afirmou que elas são importantes e vão colaborar para melhor preparação dos futuros veterinários. Informou ainda que a Comissão fará visita aos cursos de veterinária do Estado.

A professora doutora Maria José de Sena (ex-reitora da UFRPE e presidente Nacional de Educação de Medicina Veterinária do CFMV) ministrou a palestra Diagnóstico Situacional da Qualidade dos Cursos de Medicina Veterinária submetidos a Análises para Fins de Autorização no período de 2018 a 2021. Ela falou do crescimento do número de cursos de veterinária e que hoje são 536 cursos oferecidos, sendo 514 presenciais e 22 ensino a distância, que juntos oferecem 107.427 vagas todos os anos.

Maria José de Sena afirmou que a grande preocupação dos coordenadores é em relação ao programa de extensão e afirmou que esse é um gargalo encontrado em todo o Brasil. Orientou tentar ajustar o que se tem dentro das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Medicina Veterinária e recomendou sempre passar para os alunos o que é ser médico-veterinário e falar da importância dessa profissão.

Composição – A Comissão de Educação é formada pelos médicos-veterinários Adriano Fernandes, Otávio Brilhante, Malania Loureiro Marinho, Lisanka Angelo Maia, Atticcus Tanikawa e Paula Fernanda Barbosa de Araújo e todos participaram do evento. O Brasil conta hoje com 536 cursos de Medicina Veterinária, sendo 452 cursos oferecidos por instituições de ensino privados. Os outros países do mundo, juntos, têm menos cursos que no Brasil, totalizando 320.

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