Até as telhas voam e eu, no chão…

Era quinta-feira à noite. Umas 08h30, quando, finalmente, ia descansar. Deitei na rede para esquecer das tentativas de sair da “filosofia” do liso, mais conhecida por lençol curto: “cobre a cabeça, descobre os pés”. Mas, nem cheguei a ligar a tv e já escutei um estrondo. “Oxe! O filme nem começou” – pensei. Enfim, não tinha nada de ficção. Era mais real do que o desequilíbrio das minhas contas.

Foi uma zoada daquelas que o sangue sacoleja dentro da pessoa. Fiquei tesa e Joaquim também. Não deu um latido sequer. – Se for ladrão, tô aprumada com esse cachorro.
Enfim, a única atitude que tomei foi passar um zap pra Ian:

– Teve uma zoada grande no quintal e eu tô com medo.

Em questão de segundos ele chegou e a verdade veio à tona. Ou melhor, a baixo. O telhado do quintal se espatifou no chão. E Joaquim tava bem. Acho que até ele sabia que aquele foi um “incidente” anunciado.

Há tempos, eu já tinha visto a situação daquelas telhas. Até para um leigo era claro o desmantelo que tava por vir. Como o cãibro se encontrava na precária situação “cai mais não cai”, elas, as telhas, pareciam suspensas no ar.

Porque na minha casa até as telhas voam e eu, no chão…

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